A calma e acalma
nesse berço de balanço manso
que nos balança
como um barco incerto
Encosta o peito
no seio materno da vida
enquanto o tempo
corre sem freio
Deixa a resposta dos nós do seu cabelo,
junto ao seu travesseiro, sibilar
Dança comigo essa dança
de rodas e asfaltos
mas lento como o vento
que move nuvens devagar
Deixa as palavras e os gestos rasos,
no suor humano, se fazerem plenos
Que eu mesma mergulho
na profundidade do a-mar
(se o movimento inerte
dos nossos pés
for al-cansar)
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